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Brasil cai 10 posições no Índice de Percepção da Corrupção em 2023, aponta relatório

País ocupa 104º lugar entre os 180 países avaliados; indicação de advogado de Lula para o STF e a anulação da multa da JBS pesaram na queda

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O Brasil teve destaque negativo no índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, divulgado nesta terça-feira (30) pelo órgão Transparência Internacional. Em relação a 2022, o país perdeu pontos e despencou dez posições no ranking que aponta as nações com melhores e piores governos com políticas anti-corrupção do mundo. A queda fez com que o Brasil despencasse do 94º para o 104º lugar entre os 180 países avaliados.

A nova posição no ranking faz com que o Brasil apareça ao lado de nações como Argélia, Sérvia e Ucrânia, que tiveram pontuação semelhante ao Brasil. O índice brasileiro ficou abaixo das médias globais e das Américas, ambas fixadas em 43 pontos, e dos 48 pontos de média atribuídos a países classificados como “democracias falhas”, conforme apontado pela Transparência Internacional. Ao todo, o país conquistou 36 pontos – perdendo dois pontos em relação ao ano anterior.

O ranking, elaborado anualmente desde 1995, utiliza dados de 13 fontes que medem as percepções de empresários e especialistas sobre o nível de corrupção no setor público de cada país avaliado. Segundo o órgão que elaborou a lista, alguns fatores recentes contribuíram para a deterioração da imagem do país. Entre elas estão:

  • Escolha de Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, para o Supremo Tribunal Federal (STF);
  • Nomeação do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, fora da lista tríplice elaborada pelos procuradores
  • Decisões do Supremo que anularam provas do acordo de leniência da Odebrecht e a multa no acordo firmado pelo grupo J&F.
  • O relatório produzido pelo órgão também faz menção à operação Lava Jato, citada como um caso inegável de sucesso no combate a corrupção, mas que lançou sérias dúvidas sobre a parcialidade da Justiça devido ao envolvimento de figuras-chave da operação, incluindo o juiz Sérgio Moro e procurador Deltan Dallagnol, com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O governo do ex-presidente Bolsonaro também é citado novamente como um exemplo de como, em poucos anos, podem ser destruídos os marcos legais e institucionais anticorrupção que o país levou décadas para construir. Sobre o governo Lula, a avaliação do primeiro ano é de que o presidente ainda terá um enorme desafio de reconstrução.

Melhores e piores

Os países melhor classificados no ranking do IPC em 2023 foram Dinamarca, com 90 pontos; Finlândia, com 87; Nova Zelândia, com 85; Noruega, com 84; e Cingapura, com 83 pontos. As piores avaliações foram as de Somália, com 11 pontos; Venezuela, Síria e Sudão do Sul, cada um com 13 pontos; e o Iêmen, com 16.

Sobre o vizinho sulamericano governado por Nicolás Maduro, o relatório da Transparência Internacional relata uma deterioração do judiciário, citando casos de pagamento de subornos e a cooptação de juízes e procuradores em todos os níveis do sistema judiciário, e como isso se tornou um dos principais mecanismos utilizados por redes criminosas para garantir a operação de seus negócios ilícitos, bem como sua impunidade.

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Verdade
9 meses atrás

Kkkkkkkkk e cada uma, os motivos são bizarros, não levou em conta que a democracia do pais chamado Brasil e mais forte do que a mais velha do EUA, corrupção e a forma mais simples de enganar a opinião pública a favor dos nortes americanos e contra nós Brasileiros!