A safra agrícola de 2024 deve totalizar 303,4 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, 12 milhões de toneladas a menos que o desempenho de 2023, um recuo de 3,8%. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgado na manhã desta quinta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A área a ser colhida é de 77,6 milhões de hectares, queda de 0,3% frente à área colhida em 2023, com declínio de 222,6 mil hectares, e acréscimo de 0,2% (189.770 hectares) em relação a dezembro.
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos, somados, representam 91,8% da estimativa da produção e respondem por 86,9% da área a ser colhida. Frente à 2023, houve acréscimos de 8,5% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço), de 4,3% na do arroz em casca, de 3,5% na do feijão, de 0,6% na do trigo e de 1,3% na da soja, ocorrendo declínios de 4,5% na área do milho (queda de 7,1% no milho 1ª safra e de 3,7% no milho 2ª safra) e de 5,5% na do sorgo. Em relação à produção, houve acréscimos, de 5,8% para o algodão herbáceo (em caroço), de 1,1% para o arroz, de 4,5% para o feijão e de 33,0% para o trigo, e decréscimos de 1,0% para a soja, de 14,0% para o sorgo e de 10,2% para o milho (reduções de 6,7% no milho de 1ª safra e de 11,1% no milho de 2ª safra).
A estimativa de janeiro do governo para a soja foi de 150,4 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 117,7 milhões de toneladas (25,9 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 91,8 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,4 milhões de toneladas; a do trigo em 10,3 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 8,2 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 3,7 milhões de toneladas.
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para duas grandes regiões: região Sul (12,5%) e Norte (0,4%), e variação anual negativa para as demais: região Centro-Oeste (-11,6%), Sudeste (-5,7%), e Nordeste (-5,8%). Quanto à variação mensal, apresentou crescimento a região Norte (3,4%); estabilidade a Sudeste (0,0%), enquanto as demais apresentaram declínios: Nordeste (-1,6%), Sul (-2,6%) e Centro-Oeste (-0,6%).
Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 27,6%, seguido pelo Paraná (14,0%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,2%), Mato Grosso do Sul (8,8%), e Minas Gerais (5,9%), que, somados, representaram 79,8% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (46,9%), Sul (29,6%), Sudeste (9,5%), Nordeste (8,4%) e Norte (5,6%).
Destaques na estimativa de janeiro de 2024 em relação ao mês anterior
Em relação a dezembro, houve aumentos nas estimativas da produção do algodão herbáceo em caroço (9,4% ou 703.352 t), do feijão 2ª safra (2,1% ou 27.454 t), do milho 2ª safra (1,9% ou 1.706.928 t), do café canephora (0,5% ou 5.814 t), do feijão 3ª safra (0,4% ou 2.859 t), do café arábica (0,3% ou 7.562 t), e declínios nas estimativas de produção da castanha-de-caju (-4,6% ou 6.500 t), do milho 1ª safra (-3,5% ou -946.676 t), da soja (-2,7% ou -4.097.738 t), do sorgo (-2,2% ou -82.114 t), do feijão 1ª safra (-1,9% ou -19.218 t), da mandioca (-1,7% ou -307.044t), da batata 1ª safra (-1,4% ou -23.700 t), da batata 2ª safra (-0,8% ou -10.800 t), e do arroz (-0,5% ou -50.278 t).
Entre as grandes regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 142,3 milhões de toneladas (46,9%); Sul, 89,9 milhões de toneladas (29,6%); Sudeste, 28,9 milhões de toneladas (9,5); Nordeste, 25,4 milhões de toneladas (8,4%) e Norte, 16,9 milhões de toneladas (5,6%).
As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Tocantins (447.046 t), no Pará (118.641 t) e na Bahia (17.652 t). As variações negativas ocorreram no Paraná (2.416.400t), no Mato Grosso (-797.155 t), no Piauí (-277.232 t), no Maranhão (-150.191 t), em Rondônia (-10.799 t), no Ceará (-9.359 t), em Minas Gerais (-5.724 t) e no Rio de Janeiro (-286 t).