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Advogados de Angelina tentam anular júri que a condenou a 30 anos por matar grávida para roubar bebê

Recurso apresentado em maio ainda não foi julgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais

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Os advogados de defesa de Angelina Ferreira Rodrigues, condenada a 30 anos de prisão por matar a jovem Mara Cristina Ribeiro da Silva para roubar seu bebê em 2018, apresentaram recurso de apelação para o TJMG visando a anulação do júri. Os argumentos giram em torno de nulidades que, segundo a defesa, implicam na necessidade da anulação da sessão de julgamento e na realização de um novo ato.

O primeiro fundamento apresentado pela defesa de Angelina se refere ao indeferimento da juntada de documentos nos dias que antecederam o Tribunal do Júri, realizado no dia 12 de maio de 2022. Referidos documentos se tratam de laudos médicos emitidos pelo presídio local, onde Angelina segue presa.

O segundo fundamento diz respeito à violação da regra que impede que os jurados se manifestem sobre o processo durante a sessão de julgamento. Segundo os advogados, um dos jurados se manifestou contra a defesa durante a apresentação de um laudo médico emitido por um psiquiatra por parte da defesa, o que seria motivo suficiente para anular o júri. O argumento foi endossado por jurisprudência favorável à anulação neste caso.

Depois, os advogados se insurgem contra os quesitos formulados, pontuando que o requisito sobre a insanidade mental de Angelina não era claro o suficiente para os jurados, o que, segundo a defesa, também implica na anulação do júri. Na sequência, a defesa acusou a promotoria de usar o silêncio da ré em seu prejuízo, o que é vedado pela Constituição Federal, somando-se este mais um motivo para a anulação, conforme argumentam os advogados.

Por fim, a defesa alegou que a decisão do júri é contrária às provas dos autos. Intimado, o Ministério Público se postou contra o recurso e apresentou suas contrarrazões, combatendo tese por tese, pugnando ao final pela manutenção da condenação.

O que diz o Ministério Público

A respeito do primeiro argumento da defesa, o Ministério Público alegou que os documentos em questão não foram juntados no prazo e que, por isso, não comportaria a anulação do júri por este motivo específico. Já sobre a manifestação do jurado, a promotora afirmou que a manifestação do jurado não foi suficiente para adiantar seu voto, de modo que inexiste o prejuízo alegado.

Na sequência, no que se refere aos quesitos, o MP afirmou categoricamente que não houve erro na formulação dos mesmos e, depois, sobre o silêncio de Angelina, ressaltou que não aprofundou sobre tal ponto em sua exposição no plenário, motivo pelo qual não caberia a anulação.

Por fim, sobre a decisão contrária à prova dos autos, o Ministério Público salientou que Angelina matou Mara, covardemente, agindo por motivo torpe, segundo consta na petição apresentada ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

“A autoria delitiva restou cabalmente demonstrada do cotejo dos depoimentos colhidos durante a instrução, e também pelas demais provas carreadas ao processo, verificando-se, claramente, sua compatibilidade e concordância com tais elementos.”

O recurso ainda não foi julgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O JP Agora seguirá acompanhando o andamento processual e trará novidades assim que surgirem.

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caveira
1 ano atrás

deve ser anulado mesmo! tem que dá é uns cem anos de cadeia pra ela!

Terra sem lei
1 ano atrás

Tinha era que tentar aumentar pra 150 anos.

Janaina
1 ano atrás

ela deveria pegar era prisão perpetua ela tirou a ida da Mara na maior covardia deixou as filhas dela sem a mãe isso não tem perdão oh gente se aqui nessa terra não tem justiça eu creio q na de deus nunca falha ela tem q pagar sim pelos erros dela cometido aqui nessa terra sei q a Mara nunca mais e uma dor inesquecível mas que ela vai ter q pagar vai sim e adimiro muito eses advogado q ainda tenta defender uma mulher q foi um mostro em agir e praticar esse crime isso pirq não é com… Leia mais »

José Dos Reis Alves
1 ano atrás

Tinha que por era numa cadeira elétrica pra da fim na cobra assassina.

Dona Onça.
1 ano atrás
Resposta para  José Dos Reis Alves

De jeito nenhum. Ficar presa e sofrer dia após dia por matar uma mãezinha grávida. Tem que aumentar a pena para mais 30 anos.

Trabalhador JP
1 ano atrás

É por essas e por outras que cada dia, a advocacia perde mais credibilidade, que ética é essa…

Maciel
1 ano atrás

não entendo nada de leis,mas o q essa mulher cometeu é sem perdão agora vem com laudos e outras contravenção pra defender essa mulher?a credo das leis brasileiras somente quem comete os crimes tem perdão

Trabalhador
1 ano atrás

Quem tem grana não fica preso ! ela só tá presa até hoje poq é pobre, e não tem condições de comprar o júri. Mas eu acho que essa assassina tem a esperança que as coisas vão melhorar ela na cadeia nos próximos 4 anos .