Para os cristãos, a palavra aleluia é utilizada para louvar a Deus. No entanto, especialmente nesta época do ano, o termo é relembrado por muitos em um momento de desconforto. Os “bichinhos de luz”, conhecidos também pelo nome “aleluias”, tiram o sossego dos moradores de bairros mais afastados. Em João Pinheiro, uma grande infestação foi registrada na noite da última quarta-feira (03).
Os bichinhos voadores, na verdade, são cupins que desenvolvem asas para realizar o acasalamento e saem de seus esconderijos em dias muito quentes e úmidos. O JP Agora recebeu, na noite de ontem, relatos de moradores dos Bairros Bouganville dando conta da grande infestação das aleluias por lá. “Tem muitos mesmo, dá para encher uns dois sacos de lixo só de aleluia” contou um deles à redação do site.
Fase reprodutiva
A bióloga Sheyla Christina Ferreira da Silva, 40, explica que os ‘bichinhos de luz’ são insetos da ordem Isoptera, encontrados em diversas espécies no Brasil. A especialista explica que na época reprodutiva desses animais, aliada tempo quente e úmido, eles desenvolvem asas para realizar a cópula, o que chamamos de fase alada.
“Após o vôo nupcial eles voltam ao solo e perdem as suas asas e, logo após a fêmea fecundada fará um novo ninho: um novo cupinzeiro”, explica a bióloga.
Ambientes
Os ‘bichinhos de luz’ podem infestar ambientes urbanos ou rurais e a bióloga explica que eles podem causar danos. “Eles são bem adaptáveis aos meios urbanos ou rurais e podem causar problemas sérios nas casas. Os cupins não causam doenças diretas às pessoas, mas a produção de seus resíduos pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis”, alerta.
Além das alergias, os ‘bichinhos de luz’ podem acarretar outros prejuízos. ‘Ainda sobre os problemas, podem causar danos à madeira dos móveis e telhados, instalações, paredes e até interior de eletrodomésticos abandonados”, explica a bióloga Sheyla.
Prevenir para não remediar
Os bichinhos da luz são popularmente conhecidos por este nome porque são atraídos por ambientes iluminados, por isso, a bióloga deixa o alerta. “Sobre os danos causados pelos cupins, vale destacar que prevenir é melhor que remediar. Os cupins se orientam com a iluminação e são atraídos por ela. Não devemos deixar que entrem em casa, fechando janelas e apagando as luzes. Mas, se entrarem, basta colocar uma bacia com água logo abaixo das lâmpadas, que logo cairão na água atraídos pelo reflexo da luz”, orienta.
“Deve-se manter os móveis afastados das paredes, não acumular papel sem uso, limpar sempre os armários, arejar os cômodos e abrir as janelas para os raios solares entrarem” indica a bióloga.
A especialista também orienta que mesmo com o incômodo causado pelos insetos os venenos devem ser evitados. “A dedetização deveria ser o último recurso, uma vez que substâncias tóxicas devem ser evitadas para a manutenção da saúde das pessoas e dos demais seres vivos. Lembrem-se que toda espécie tem o seu hábitat natural e temos que buscar alternativas menos impactantes de controle de insetos, de forma a proporcionar o equilíbrio biológico e ecológico”, pondera.
Na minha terra, isso é mariposa.
Aliluia, é ques sujeito metido a bichão. O gostosão da bala chita.