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Após anúncio de queda dos preços, consumidores reclamam do preço do botijão de gás em João Pinheiro

Os valores comercializados na cidade não sofreram alterações, apesar do anúncio de que os preços iriam cair

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A Petrobras cortou em 4,7% o preço do gás de cozinha vendido por suas refinarias na última segunda-feira (12), mas o preço do botijão nas revendas subiu durante a semana, de acordo com a pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). A alta foi de 1,2%, com o botijão de 13 quilos, mais usado por residências, passando de R$ 111,91 para R$ 113,25, na média nacional. Foi a terceira semana consecutiva de alta, embora os percentuais tenham sido bem menores nas semanas anteriores. Em João Pinheiro, os preços seguiram estáveis, mas acima da média nacional.

A evolução na semana passada contradiz previsão da Petrobras, que calculava uma redução média de R$ 2,60 por botijão. Os revendedores do produto alegam que precisaram iniciar os repasses do reajuste salarial de seus trabalhadores. As empresas e os sindicatos ainda negociam o percentual de reajuste, mas a Abragás, entidade que reúne sindicatos de revendedores, diz que o repasse já foi feito porque a data-base da categoria é o dia 1º de setembro.

O presidente da entidade, José Luiz Rocha, alega que os valores devem ser pagos de forma retroativa quando as negociações não se concluem no mês do dissídio e, por isso, os revendedores já estão incluindo o aumento de custo em seus preços. Os trabalhadores pedem reposição da inflação pelo INPC mais 2,3% por perdas anteriores em salários de empregados que recebem acima do piso. Na última reunião, as empresas distribuidoras apresentaram proposta de reajuste de 8,83%, que reflete a variação de 12 meses do INPC.

Logo após o anúncio do corte nas refinarias, a Abragás divulgou nota dizendo que “possivelmente os consumidores não perceberão redução nos preços, devido ao aumento repassado pelas distribuidoras referente ao dissídio e custo outros custos operacionais do segmento”.

Já o Sindigás, sindicato que representa o segmento de distribuição, diz apenas que os preços “são livres em todos os elos da cadeia e suscetíveis às variações do mercado”. “É recomendado aos consumidores que façam sempre uma pesquisa antes de efetuar a compra, de forma a buscar a melhor combinação de oferta de serviço e preço sempre tendo em conta sua relação de confiança com sua marca e revenda de preferência”, afirma.

A alta no preço do botijão frustra expectativas do governo, que vem usando a queda dos preços dos combustíveis como um trunfo na campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Diferentemente de gasolina, etanol e, em menor intensidade, o diesel, o gás de cozinha não teve grande redução de preço após ofensiva do governo para cortar impostos sobre os combustíveis, já que os tributos federais sobre o produto foram zerados em 2020.

Desde os picos atingidos na última semana de junho, gasolina e diesel já ficaram 32,1% e 9,6% mais baratos, respectivamente. O preço médio do etanol hidratado caiu 29,5% no mesmo período. Já o preço do botijão de 13 quilos ficou oscilando em torno dos R$ 112. No fim de 2021, o governo aprovou um programa de subsídio a consumidores de baixa renda, batizado de Auxílio-Gás, mas a queda nas vendas de botijões sinaliza que o benefício não vinha sendo utilizado apenas para a compra de botijões.

No primeiro semestre, as vendas de botijões de 13 quilos registraram queda de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume vendido é menor do que o registrado em 2019, antes da pandemia. Em agosto, o governo ampliou o valor do subsídio, de 50% para 100% do preço de um botijão. O valor é pago a cada dois meses a cerca de 5,7 milhões de famílias.

Valores cobrados em João Pinheiro não sofreram alteração em setembro

A reportagem do JP Agora apurou, no site oficial da ANP, que o preço do botijão de gás de 13 kg não sofreu alteração desde o início do mês de setembro. O preço médio da revenda em solo pinheirense é de R$126,18 (cento e vinte e seis reais e dezoito centavos). O mais barato encontrado é de R$118,00 (cento e dezoito reais), enquanto que o mais caro é R$130,00 (cento e trinta reais).

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Kakaka
1 ano atrás

Acho muito inusto oque estão fazendo com os pinheirenses gás nesse preço; mal dar pra comprar alimento está cada dia mais difícil manter a geladeira cheia🙁😤 em outras cidades o gás está bem mais barato!

Revoltado
1 ano atrás

Pesquisar onde, os preços são os mesmos em todas as distribuidoras, exatamente igual, cartel e nossas autoridades de braços cruzados

Ilma
1 ano atrás

A prefeitura criou um procon no centro administrativo. Eles podem exigir as nota fiscais de compra dos últimos 90 dias e verificar a margem de lucro e se está tendo aumento abusivo. Quando o prefeito vai colocar o setor pra funcionar? Só o ministério público para fazer essa prefeitura funcionar

Dany Tavares Coelho Lima Mendes
1 ano atrás

tem cidades vizinhas com gás 89 reais mais infelizmente jp tem cartel de posto de gasolina e gás de cozinha eu vou procura a promotoria o que eles podem fazer pois o procon recebe e faz nada