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Avó diz que neto com deficiência foi ofendido por servidor de escola estadual em JK; direção investiga

O aluno teria sido corrigido de forma vexatória na frente dos demais colegas em função da sua condição

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A família de um aluno do 9º ano da Escola Estadual Teotônio Antônio Vilela, localizada no distrito de Luizlândia do Oeste (JK), entrou em contato com a reportagem do JP Agora na manhã desta quarta-feira (16) para fazer uma denúncia. Segundo informado, o aluno, que possui distúrbio mental e déficit de atenção, teria sido ofendido por um servidor da escola enquanto o lanche era servido. A direção alega que está apurando o caso.

O JP Agora conversou, nesta manhã (16), com a avó do aluno. Dona Francisca cuida do neto, de 14 anos, e contou que soube das agressões verbais na última sexta-feira (11), mas que o caso aconteceu no dia 04 de novembro. Segundo ela, a direção da escola não lhe informou sobre o ocorrido no dia e ela veio a tomar conhecimento somente uma semana depois porque um colega de classe de seu neto contou o que tinha acontecido.

Segundo Francisca, o colega de classe relatou que o funcionário ofendeu seu neto com deficiência dizendo que ele passava fome em casa e que comia igual um porco, o que o fez aos gritos e de forma vexatória. Ele, então, começou a passar mal na sala de aula com espasmos musculares e precisou ser levado embora mais cedo, por volta das 15 horas.

Dona Francisca o recebeu mais cedo em casa, mas, segundo afirmou ao repórter do site, os funcionários que o levaram não contaram o que tinha acontecido, disseram apenas que ele havia passado mal. Então, como ele não apresentava melhoras e preocupada com a saúde do neto, Francisca resolveu trazê-lo a João Pinheiro. De cá, a avó o levou até para consultar com um neurologista, em Patos de Minas, ainda sem saber do ocorrido.

“Trouxeram ele porque ele tinha passado mal na escola. Levei ele para João Pinheiro porque ele ficava tremendo, batendo o braço. Lá ele tomou calmante e voltamos com ele sedado, aí ele dormiu. No outro dia, ele levantou aos gritos do mesmo jeito e aí marcamos a consulta em Patos porque o médico de João Pinheiro falou para levá-lo no neurologista porque aquilo era uma crise de ansiedade porque ele tinha passado por algum problema. No entanto, até então não sabíamos o que tinha acontecido na escola. Só ficamos sabendo na sexta-feira (11) quando eu já tinha levado ele em Patos” disse dona Francisca ao JP Agora.

Em razão do feriado prolongado, dona Francisca só conseguiu questionar a escola sobre o ocorrido nesta quarta-feira (16). Segundo a mulher, a diretora afirmou que está apurando o caso e que tomará as medidas internas cabíveis.

“Questionei a diretora o motivo deles terem omitido o que aconteceu. Ela disse que já tinha tomado providência, já tinha feito uma ata. Então eu disse que isso não era problema de ficar dentro da escola. Ela afirmou que repassaria para a inspetora e que se eu quisesse entrar com um processo na Civil deveria entrar” disse a avó.

Nosso repórter a questionou se o neto não havia lhe contado nada a respeito durante os sete dias que passaram das supostas agressões até que ela descobrisse, na última sexta-feira (11). Dona Francisca esclareceu, então, que a condição mental dele o faz esquecer de acontecimentos recentes, mas disse que, se questionar de forma mais direcionada, ele sabe dizer o que aconteceu.

“Ele esquece de coisas recentes. Quando eu soube, perguntei ele o que tinha acontecido e ele respondeu que não tinha acontecido nada. Depois, perguntei o que o funcionário tinha falado e ele foi falando de algumas coisas que se lembrava” explicou a avó.

O que disse a direção da escola

Diante do caso, a equipe de reportagem do JP Agora procurou a direção da escola para saber o que eles tinham para dizer sobre o ocorrido. Conversamos, via ligação telefônica, diretamente com a diretora da escola que, em um primeiro momento, estranhou o interesse do site na história, afirmando que não devia satisfação do seu trabalho para o jornal.

“Isso daí é situação que a escola resolve. Alguém está mandando, isso não é coisa de jornal. O jornal vai resolver uma coisa concreta, se houve alguma coisa a escola é quem vai resolver o conflito. Não tem versão da escola não. Como eu vou trabalhar, não tem porque eu expor no jornal não. Por qual motivo eu vou expor o meu trabalho no jornal?” disse a diretora, incomodada com o contato do repórter.

Mais adiante, depois que o repórter tentou explicar o interesse público da questão e também a respeito do interesse da própria escola em se defender das acusações da família, a diretora confirmou que conversou com a avó nesta manhã e disse que está reunindo os fatos para encaminhar tudo para a superintendência escolar, mas insistiu que não tinha nada o que falar até o momento.

A família do aluno em questão afirmou que vai procurar a polícia para que as supostas agressões sejam investigadas. Enquanto isso, o JP Agora seguirá acompanhando o caso.

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Roberto
1 ano atrás

tem que exonera esse funcionário e essa diretora e processo por danos morais, isso não pode acontecer nunca ainda mais em uma escola

B
1 ano atrás

Semana passada outra servidora pública bateu numa aluna na porta da escola, agora isso.
E pra quem mais sabe o autor desse crime e o próprio supervisor da escola. Deveria ser exonerado do cargo

J
1 ano atrás

Vagabundos tem que matar um cara Otário desse.

Lulinha
1 ano atrás

Eles não possuem capacidade nenhuma de educar essas crianças , pelo contrário são maus exemplos ! A maioria é homossexual o q pode esperar é só o começo,,, faz um L