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Caso Lázaro, um ano após tragédia, familiares das vítimas sofrem ameaças e cobram respostas das autoridades

As ameaças surgiram recentemente e também são investigadas pela Polícia Civil do Distrito Federal

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Completando um ano nesta quinta-feira, o Caso Lázaro, como a chacina da família Vidal ficou mundialmente conhecida, ainda não foi completamente esclarecido pelas autoridades policiais do Distrito Federal. Cláudio Vidal de Oliveira, Gustavo Marques Vidal, Carlos Eduardo Marques Vidal e Cleonice Marques de Andrade perderam a vida nas mãos do assassino Lázaro Barbosa de Souza, que acabou morto pelas forças policiais que o perseguiram por dias.

Familiares de Cleonice moradores da cidade de João Pinheiro se reuniram com outros familiares das vítimas no Distrito Federal na última terça-feira, 07 de junho, para cobrar por providências diante das autoridades. Participaram, ainda, os advogados da família Jamir Andrade e Iuri Furtado, o Ministério Público do DF e representantes da Delegacia de Polícia Civil responsável pelas investigações.

Durante a reunião, a família das vítimas fez questão de exaltar a angústia acumulada durante esse ano em virtude da não conclusão do caso, o que para eles significa que existem mais pessoas ligadas ao caso. O Delegado responsável pelo caso esclareceu que as investigações caminham em ritmo prioritário e que foi estabelecida uma linha de investigação para fins de esclarecimento de todos os fatos, inclusive o possível envolvimento de terceiros na chacina.

O Delegado pontuou, no entanto, que o inquérito corre em segredo de justiça e que não dar mais detalhes naquele momento para não atrapalhar as investigações. Enquanto isso, além da angústia, alguns familiares passaram a conviver com outro tipo de sentimento.

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Ameaças

Durante a reunião, um dos familiares contou que membros da família já sofreram ameaças de morte de um homem que se identifica como ‘novo Lázaro’. Sobrinha de Cláudio Vidal de Oliveira, Priscila Vidal contou que, além de suportar a dor da perda dos familiares, ainda precisa lidar com ameaças de morte. Ela diz que um primo, que veio de Formosa (GO) para tomar conta da propriedade do tio assassinado, recebeu uma mensagem e precisou procurar a polícia há cerca de 2 meses.

“A pessoa se identificou como o próximo Lázaro e falou que ia matá-lo”, conta Priscila. A ameaça foi registrada e é alvo de investigação policial.

Emoção

A reunião foi marcada por muita emoção, por parte de todos que estavam ali presentes, que relembraram os fatos e ainda mais o afeto e carinho imenso que tinham com as vítimas. A família Vidal era tida como um exemplo a ser seguido, cumpridora de suas obrigações, carinhosa com seus familiares e sempre prestativa com todos.

O JP Agora conversou com um dos irmãos da vítima Cleonice Marques de Andrade, o Sr. Antônio Caetano, que relatou o sentimento de tristeza e de luto vivido durante este 01 ano.“Me lembro muito bem do dia. Ligaram para nós ainda de madrugada e saímos no mesmo instante, mas chegamos lá depois que já haviam retirado os corpos. Então, partimos para ajudar nas buscas por minha irmã. Foi eu e mais dois irmãos que a encontramos. Eu acho que tem a ver com a história da venda da terra. Meu cunhado sempre travava. Então acho que tem a ver sim. Correu um boato que estavam ameaçando a região inteira” pontuou Antônio sobre o dia que soube da chacina e sobre as buscas por sua irmã Cleonice.

O JP Agora também ouviu os advogados pinheirenses que acompanharam a família na reunião em Brasília. Jamir Andrade e Iuri furtado ressaltaram que as autoridades se comprometeram a esclarecer todas as circunstâncias o mais breve possível.“Foram feitas cobranças acerca das investigações, pois todo o caso gerou enorme abalo emocional e psicológico em todos os familiares. As autoridades presentes reafirmaram o compromisso de trabalho incansável e ininterrupto em busca de esclarecimento de todas as circunstâncias da chacina que vitimou quatro pessoas da mesma família. As investigações ainda estão em curso, todos os familiares acreditam no possível envolvimento de terceiros e em suas responsabilizações penais e que a JUSTIÇA seja feita”, finalizaram Jamir e Iuri.

O caso segue em segredo de justiça e o JP Agora seguirá acompanhando o andamento das investigações de perto.

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