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Justiça de João Pinheiro nega pedido de liberdade a acusado de matar Fernando Lubito

Advogado de defesa pediu, de forma oral, que Joaquim respondesse ao processo em liberdade

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O caso do homicídio de Fernando Lubito, assassinado com requintes de crueldade em fevereiro deste ano, ganhou mais um capítulo na última quarta-feira, 31 de maio. Foi realizada, no Fórum de João Pinheiro, a audiência de instrução, ocasião em que foram ouvidos o acusado Joaquim Vaz Mendes e testemunhas, tanto da acusação quanto da defesa, que ainda tentou, sem sucesso, sua liberdade provisória.

O JP Agora apurou, com exclusividade, que a audiência durou seis horas e começou com o depoimento de Stefany, noiva de Fernando Lubito que, à época do crime, estava grávida. Depois, a justiça ouviu a pessoa que encontrou o corpo de Fernando na mata e, na sequência, foram ouvidos os peritos e o delegado responsável pelo caso, seguidos dos depoimentos de membros da família da vítima, sendo todas estas testemunhas da acusação e da assistência da acusação.

Na sequência, foram ouvidas 4 testemunhas arroladas pelo advogado de Joaquim, Dr. Eugênio Uchôa. Todas elas falaram bem da conduta social do acusado, segundo apurado pelo site. Depois, promotoria, assistência da acusação, advogado de defesa e juiz passaram ao interrogatório de Joaquim, que seguiu negando envolvimento na morte de Fernando Lubito.

A reportagem do JP Agora entrou em contato com o advogado que atua como assistente da acusação, Dr. Ednaldo Moreira. Representando a família de Lubito, o doutor ressaltou que Joaquim entrou em contradição em diversos momentos do interrogatório e citou um deles, considerado por ele como um dos mais importantes.

“Ele nega que tenha qualquer participação na morte, embora ele não consiga explicar como que alguém teria entrado na propriedade e feito aquilo com o Fernando sem que ele sequer ouvisse alguma coisa. Então ele usou ele entrou em contradição em vários momentos. Vou destacar a parte do chip do telefone. Ele fala que chegou na cidade para desbloquear o chip dele que estava bloqueado. Só que o dono da loja foi ouvido na delegacia e falou que o Joaquim só chegou lá e pediu outro chip, não falou em desbloqueio”, destacou o advogado Dr. Ednaldo Moreira à redação do JP Agora.

O Dr. Ednaldo Moreira esclareceu, ainda, que solicitou uma nova diligência para a realização da perícia no telefone de Joaquim, a qual ainda não havia sido juntada ao processo. O juiz então determinou que a delegacia apresentasse estes documentos. Depois disso, a promotoria, o assistente da acusação e o advogado de defesa de Joaquim apresentarão alegações finais.

Dr. Ednaldo concluiu que acredita que o juiz provavelmente irá pronunciar Joaquim e levá-lo ao Tribunal do Júri. O JP Agora ressalta que também entrou em contato com o advogado Dr. Eugênio Uchôa para que ele pudesse ressaltar os pontos da defesa na reportagem, mas não retornou no prazo estabelecido antes da publicação. Seu pedido oral de liberdade a Joaquim foi negado pela justiça.

Relembre o caso

Fernando Lubito foi assassinado em fevereiro de 2023. O caso teve grande repercussão e mobilizou a comunidade local em razão da crueldade em que foi cometido.

O principal suspeito do crime é Joaquim Vaz Mendes, o caseiro da fazenda da família de Lubito e onde ele foi visto com vida pela última vez. Segundo as investigações, Fernando e Joaquim haviam tido uma desavença no dia do crime. No entanto, Joaquim, que havia se mudado para a fazenda há apenas dois meses antes do ocorrido, nega qualquer envolvimento no crime.

Foi informado que Joaquim comunicou o desaparecimento de Fernando à família da vítima com atraso significativo e, antes de fazê-lo, trocou o chip de seu telefone em uma loja local, o que levantou suspeitas.

Após uma intensa busca, o corpo de Fernando foi encontrado em uma mata fechada a 2 km de distância da fazenda. O local era inóspito e difícil de ser localizado. A polícia prendeu Joaquim em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e representou pela sua prisão preventiva.

Joaquim Vaz Mendes segue preso preventivamente no Presídio de João Pinheiro aguardando julgamento.

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