A megaoperação realizada na cidade de João Pinheiro nesta terça-feira, 07 de junho, resultou na prisão de 17 indivíduos e na apreensão de muita droga. As informações foram repassadas pelos representantes do Ministério Público, GAECO e Polícia Militar em entrevista coletiva realizada às 11 horas na delegacia local.

O JP Agora esteve presente e transmitiu a coletiva ao vivo no perfil oficial do site no Instagram. A megaoperação foi assunto em toda a cidade desde as primeiras horas da manhã de hoje, principalmente pela utilização da aeronave oficial da Polícia Militar, que ofereceu cobertura aos agentes de segurança que realizavam as diligências nos alvos dos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva.

No total, 105 policiais militares, representantes do GAECO e dois promotores de justiça participaram da operação, além de dois cães farejadores da Polícia Militar. Foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão nas cidades de João Pinheiro, Brasilândia de Minas, Guarda-Mor e Uberaba. Além dessas prisões, outras 4 pessoas foram presas em flagrante.

A grande movimentação foi necessária em virtude do alto nível de organização da quadrilha que atuava, principalmente, com o tráfico de drogas na cidade de João Pinheiro. O principal líder, segundo o Promotor de Justiça Nilo, representante do GAECO, era um interno do presídio de Uberaba. Mesmo preso, ele comandava a organização, desde o tráfico a outros crimes relacionados.

“A investigação tem como escopo a organização criminosa que tinha como seu líder um interno preso no presídio de Uberaba e lá de dentro fazia a movimentação da organização. Através de interceptações telefônicas, foi possível desarticular a organização criminosa e identificar essas pessoas que estavam movimentando para ele aqui fora” pontuou o Dr. Nilo.

O Coronel Zancanela pontuou que a Polícia Militar começou a se preparar por volta das 2 horas da madrugada com a chegada do reforço das tropas de Unaí e Paracatu. Ele ressaltou, ainda, a importância da união das forças de segurança contra o crime organizado.

“O deslocamento das tropas se iniciou às duas horas da manhã. Vieram tropas de Unaí e Paracatu. Quero frisar que o fato crítico de sucesso dessa operação e para as operações que temos feito na área da 16ª Região é a integração entre a PM e o Ministério Público por meio do GAECO, por meio do Núcleo de Investigação Criminal. A sinergia, a troca de procedimentos operacionais, a troca de conhecimento foi fator crítico de sucesso para podermos desarticular os crimes violentos e organizações criminosas da 16ª Região” ressaltou o Coronel Zancanela.

O Tenente Coronel Paiva, Comandante da 45º BPM de Paracatu, pontuou que as prisões e apreensões realizadas hoje foram um grande golpe na organização criminosa que, segundo ele, é a mais cancerígena à sociedade.

“Não tivemos nenhuma reação por parte dos alvos. Contamos com apoio aéreo e tivemos um total de 17 presos, sendo 13 por mandado e 4 em flagrante, além da apreensão de duas armas e muita droga, uma enorme quantidade de droga. Foi um grande golpe na organização e pode esperar que virão outras operações para desmantelar ainda mais essa modalidade cancerígena”

Por fim, a Promotora de Justiça Fabiana Lopes ressaltou que os trâmites investigatórios continuarão até que o Ministério Público tenha acervo probatório suficiente para oferecer denúncias contra os investigados, o que deve acontecer em breve. Ela ressaltou o empenho e agradeceu o apoio de todas as instituições envolvidas.

“No ano passado, tivemos uma onda de homicídios aqui em João Pinheiro que teve como pano de fundo o tráfico de drogas. Então, foi instaurada as investigações e eu solicitei o apoio do GAECO para que a gente pudesse fomentar essa ação realizada aqui hoje. Essa é uma das ações contra o crime de tráfico de drogas aqui na cidade de João Pinheiro. Queria agradecer a parceria de todos” pontuou a Dra. Fabiana.

Diversos materiais relacionados aos crimes praticados pela organização criminosa foram apreendidos como aparelhos celulares, diversas drogas, armas de fogo, munições, aproximadamente R$7.000,00 em dinheiro, balança de precisão e anotações de controle do tráfico de drogas. Todos os materiais foram recolhidos para serem juntados à investigação que já dura aproximadamente 8 meses.

O JP Agora continuará acompanhando o desenrolar das investigações. As identidades dos presos não foram reveladas para não comprometer os trabalhos da Polícia.

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