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Em meio à polêmica, escolas particulares de João Pinheiro se mostram capacitadas para o retorno das aulas presenciais

Os dois principais colégios particulares da cidade apresentaram planos coerentes e bem fundamentados para receberem os alunos; retorno do ensino público ainda é incerto

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O retorno das aulas presenciais nos colégios particulares de João Pinheiro tem divido opiniões no município. Grupos de pais e mães se manifestam diariamente nas redes sociais, tanto a favor como contra ao ato. Hoje, os principais colégios do município retornam com o ensino presencial na modalidade híbrida e seguindo um rigoroso sistema para trazer segurança para seus alunos.

Desde que o retorno das escolas particulares foi anunciado pelo JP Agora na semana passada, o assunto voltou a ser bastante discutido. Pensando nisso, a equipe do site entrevistou duas mães com opiniões diferentes sobre o assunto. Para a advogada Deborah Rutkowski, como toda a cidade está funcionando normalmente, não há motivos para as escolas não funcionarem normalmente. Sua filha estuda no CDC.

“Toda a cidade está funcionando normalmente, bares, shopping, comércio local, portanto, na minha visão não há motivos para somente não funcionar as escolas. A escola é necessária para socialização e desenvolvimento humano, vai muito além de ensinar matemática, português e outras matérias básicas” apontou a advogada sobre a paralização das escolas, que já dura mais de um ano.

Sobre os riscos, Deborah disse que eles existem para todos e argumentou que as crianças possuem certa facilidade para aprender os cuidados contra a Covid-19 que muitos adultos ainda não aprenderam.

Sala de aula no Colégio Darcília Coimbra
Sala de aula no Colégio Darcília Coimbra

“Os mesmos riscos que eu e meu marido corremos todos os dias ao comparecer ao trabalho e, até acredito, que crianças são mais fáceis de ensinar e aprender os protocolos para cuidados com o COVID do que os adultos, ou seja, acredito que os riscos são menores para as crianças. Há vários estudos nesse sentido. Me lembro bem das festas de finais de ano das escolas, em que as crianças se comportavam melhor do que seus pais” pontuou.

Por fim, a advogada destacou que sua filha ficou extremamente feliz ao saber que as aulas presenciais iriam retornar, o que, segundo ela, a animou de uma forma que não acontecia há muito tempo.

Do outro lado, a preocupação maior é com as consequências que o retorno presencial pode trazer, notadamente com a possibilidade de infecção de outros membros da família através das crianças. Uma mãe foi ouvida pela reportagem, mas não quis se identificar. A filha dela estuda em escola pública, que não retornará com o ensino presencial por enquanto.

“Sei como é difícil enfrentar essa pandemia. A gente avisa, mas a população não está acreditando. Eles tinham que ver o que passamos dentro do hospital com tantas pessoas doentes e ainda morrendo por causa desse vírus. Você vai ver se essas escolas voltarem o que vai acontecer” pontuou uma das entrevistadas.

Termo de responsabilidade, adequações e protocolos de segurança

O Colégio Visão e o Colégio Darcília Coímbra, principais escolas particulares de João Pinheiro, apresentaram planos para o retorno das aulas presenciais. De forma bastante organizada, as duas escolas adotaram novos procedimentos para evitar aglomerações e o contato direto de pais dentro das suas dependências. Entrada, saída, horário de intervalo e disposição das carteiras em sala de aula foram disciplinados nos planos apresentados.

Nos dois casos, as direções dos colégios ofereceram a opção para os pais, ou seja, não obrigaram nenhum a mandar seus filhos para a sala de aula. Isso foi possível através da adoção de um sistema híbrido de ensino, assim como foi recomendado pelo comitê extraordinário de enfrentamento à Covid-19 do Governo Estadual.

O retorno das aulas presenciais está previsto para hoje, terça-feira 18 de maio. A Prefeitura Municipal não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Conforme divulgado pelo JP Agora na semana passada, o retorno da rede pública de ensino não acontecerá por enquanto em razão de um mandado de segurança impetrado pelo sindicato dos professores, que suspendeu os efeitos da deliberação que autoriza o retorno para cidades integrantes da onda amarela.

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Semprelendo
2 anos atrás

A questão do ensino público demorar pra voltar é resultado da sucessão de erros. Primeiro do governo que elaborou a lista de prioritários da vacinação e não levou em consideração que aposentados podem ficar em casa enquanto que os outros precisam trabalhar e estudar.
E o segundo erro que dos professores, que correm risco, sim correm risco. Mas batem o pé pda não retornar porque estão trabalhando de casa e recebendo. Mas estamos ve do professores postando fotos das viagens, enchendo botecos, farras em casa. Mas ir pra escola não pode porque é arriscado.
A vá né

Gabriela
2 anos atrás

Minha filha foi pra escola.
E estou feliz com a segurança.
Estou tranquila
Não tenho medo.
Confio nos profissionais que deixei minha filha

Capitão do exército voltou
2 anos atrás
Resposta para  Gabriela

Está aliviada né, se livrou! Kkkkkk

Jp0
2 anos atrás

Sou a favor da reaberta das escolas, porque a cidade funcionando normalmente. Nao tem motivo para a escola ficar fechada não.

Hernani
2 anos atrás

Passou da hora das escolas públicas voltar tbm
E que deixe pra os pais decidir,se o filho vai ou não.
Faça rodízios de dias,o que n pode é perder mais um ano

Maria Catarina
2 anos atrás

Incrível! Impressionante! Como, ainda em pleno século XXI tem pessoas com a cabeça tão pequena? Os alunos das escolas particulares são melhores que os das escolas públicas? Porque as escolas públicas não têm condições nenhuma de cumprir protocolos. Felicidades dos pais, pois, não aguentam mais os filhos dentro de casa. Muitos pais não tinham responsabilidades educacionais deixavam tudo por conta dos professores. Indignada.