Na última quinta-feira, 25 de maio, o jovem Mikael Alves Rodrigues foi condenado a 2 anos e 6 meses de reclusão por envolvimento em uma tentativa de homicídio ocorrida em janeiro de 2020. A sessão de julgamento do Tribunal do Júri foi realizada no fórum de João Pinheiro e, ao final dos trabalhos, as advogadas do réu anunciaram que vão recorrer.
Conforme noticiado pelo JP Agora no dia do julgamento, Mikael “Balaclava” era apontado como piloto que teria levado o suposto autor da tentativa de homicídio ao encontro da vítima. Na ocasião, a arma falhou em um primeiro momento e a vítima conseguiu fugir. Depois, a arma efetuou os disparos, mas não atingiram o alvo.
Durante os debates, a defesa de Mikael tentou mostrar aos jurados que ele não estava em João Pinheiro no dia do crime, tentando, assim, sua absolvição. Contudo, referida tese não foi acolhida pelo conselho de sentença, que resolveu por condená-lo. Na fixação da pena, o juiz presidente da sessão fixou o regime inicial fechado.
Na primeira fase, o magistrado considerou duas circunstâncias desfavoráveis ao réu e fixou pena base em 7 anos e 6 meses de reclusão. Na segunda fase, considerou a circunstância da agravante da reincidência e atenuante da menoridade, promoveu a compensação, manteve a pena no patamar anterior. Terceira fase da dosimetria, o juiz constatou a presença de causa de diminuição de pena prevista no artigo 14, II, código penal, e promoveu a diminuição em grau máximo, ou seja 2/3, pois o crime distanciou da consumação porque a vítima não foi atingida pelos disparos, atenuado assim em 2/3, tornou a pena definitiva em 2 anos e 6 meses de reclusão. Foi decretado a prisão preventiva do réu no processo.
Após a leitura da sentença, as advogadas Rafaella Cabral, Nayara e Gisele informaram que vão recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Procuradas pela reportagem do JP Agora, elas disseram que vão recorrer da decisão.
“Vamos recorrer da condenação pois estamos convictas da inocência do réu. Foi demonstrando com clareza aos jurados provas que no dia dos fatos, 22 de janeiro de 2020, o réu estava em Goiânia, acompanhando seu avô em tratamento médico, tendo retornado para a cidade de João Pinheiro apenas no mês de fevereiro de 2020, após a ocorrência do crime”.
