Um homem negro de 37 anos teve os pés, os pulsos e o pescoço acorrentado pelo médico Márcio Antônio Souza Júnior, na zona rural de Goiás, município a 140 quilômetros de Goiânia.
No vídeo divulgado na internet pelo próprio acusado, ele ironiza: “Ai ó, falei para estudar, ele não quer… E vai ficar na minha senzala”. Com a repercussão do caso, foi aberto um inquérito para investigar o crime de racismo.
O responsável pela apuração é o delegado da cidade, Gustavo Cabral. Segundo a Polícia Civil de Goiás, o registro foi compartilhado nesta terça-feira, 15, na página pessoal do médico Em uma tentativa de se retratar, Márcio Antônio fez um novo vídeo justificando que o episódio se tratava de uma brincadeira: “e aí, camarão! O povo está enchendo o saco. O que você fala disso?”, o homem responde: “tem nada de escravidão, não gente.”
No mesmo dia, um terceiro vídeo foi gravado pelo médico: “Gostaria de pedir desculpas se alguém se sentiu ofendido, foi uma encenação teatral”. A polícia informou que o homem acorrentado é funcionário do médico há três meses.
A reportagem do Estadão tentou entrar em contato com o suspeito, mas até a publicação deste texto não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação
Eu acredito que tenha sido realmente apenas uma encenação.
Mas muito pobre em termos culturais e de muito mal gosto em termo de enredo.
Se o tema refere-se de um negro acorrentado e preso numa senzala como escravo porque não quis “estudar”, então tal ficção realmente não passa de um ensaio relativo a fatos acontecidos em um mundo totalmente desconhecido da nossa história.
O “diretor” por ser estudado talvez tenha tido a intenção de dar um recado aos acomodados, mas escolheu um ensaio bem inadequado e inconveniente!…
VCL